“Joguei com Eto’o durante três anos. Era meia-atacante e fazia dupla de ataque com ele na seleção sub-17 de Camarões. Desde aquela época ele se mostrava um craque. Era magrinho, mas sempre foi diferente dos outros garotos. Era boa pessoa, muito tranquilo e humilde”, contou o camaronês.
Ebot veio ao Juventus em 1997
Ebot ainda contou que reencontrou Eto’o em 2000, quando o Real Madrid veio ao Brasil para disputar o Mundial de Clubes. “Fiquei no mesmo hotel que ele. Conversamos sobre nossas carreiras e brincamos como o futebol fez a gente se encontrar no Brasil.”
VOLTA - Há quatro meses, Ebot foi convencido por Luciano Ortega, que trabalha na empresa de blindagem com ele e é presidente do EC São José, clube de várzea de Mauá, a voltar ao futebol. Neste período, inclusive, o camaronês fez o gol do título do São José na Copa Ponte Preta. “Estava sentindo dores na perna e falei que não conseguiria jogar, mas o pessoal me deu força por ser a final do campeonato. Fiquei no banco e entrei no segundo tempo. Aos 47 minutos, bati o escanteio e marquei o gol olímpico que deu o título para o São José”, contou, animado.
Mesmo disputando os campeonatos de várzea, Ebot descartou voltar a jogar profissionalmente.
Time africano decepciona compatriota
O camaronês Ebot Emmanuel Enow, 34 anos, está decepcionado com o rendimento da seleção de Camarões na Copa do Mundo. Com duas derrotas (México e Croácia), os africanos enfrentam o Brasil, hoje, em Brasília, já sem chances de classificação às oitavas de final.
Para Ebot, Camarões veio ao Brasil para passar vergonha. “Os jogadores estão brigando em campo. A equipe está abalada internamente e os atletas não gostam do técnico. Se for para ser assim, não precisa fazer as pessoas em Camarões ficarem passando vergonha”, disse.
O camaronês, para matar a saudade da terra natal, foi a Fortaleza acompanhar a estreia da seleção contra o México, mas manteve as críticas à equipe. “Foi legal ver os jogadores de perto. Pensei que eles fariam algo diferente em campo, mas a seleção é péssima. Falta tudo no time. Antes, o futebol de Camarões não era assim.
Eles têm que dar o sangue para jogar. Viajaram de longe para chegar aqui e passar vergonha. Deste jeito, é melhor nem se classificar para Copa”, alfinetou Ebot, que, depois da partida, tentou encontrar Eto’o no hotel em que Camarões estava hospedado, mas foi impedido pelo segurança. “Se ele me visse, me reconheceria”, resumiu ele.
Eles têm que dar o sangue para jogar. Viajaram de longe para chegar aqui e passar vergonha. Deste jeito, é melhor nem se classificar para Copa”, alfinetou Ebot, que, depois da partida, tentou encontrar Eto’o no hotel em que Camarões estava hospedado, mas foi impedido pelo segurança. “Se ele me visse, me reconheceria”, resumiu ele.
Na partida de hoje, o camaronês vai ficar com o coração dividido. “Vou assistir ao jogo da minha casa para não passar vergonha. Não iria no estádio nem de graça para ver esta seleção (de Camarões). Mas vou torcer para quem jogar melhor, para quem merecer a vitória
(Diário do Grande ABC)
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