O BOY DA MOOCA, agora brilha na
AZURRA
Thiago Motta Itália (Foto: Getty Images) |
A vida parecia desenhada para Thiago Motta. Mesmo que improváveis, todos os caminhos o levavam a vestir a camisa azul. O garoto nascido no italianíssimo bairro da Mooca, em São Paulo, devorador de pratos de macarronada sonhou com o Palmeiras, jogou no Juventus que veste grená e acabou na Copa do Mundo. Neste domingo, no amistoso contra o Fluminense, às 17h30, em Volta Redonda, ele volta ao país que em que nasceu quase como um desconhecido. E bem mais italiano que brasileiro.
Aos 31 anos, o volante do Paris Saint-Germain ainda luta para ser titular da Azzurra. A menos de uma semana da estreia, contra a Inglaterra, dia 14, em Manaus, tem grandes chances de ser “apenas” o reserva imediato de Daniele de Rossi, mas a convocação para o primeiro Mundial da carreira é um prêmio e tanto. O teste deste fim de semana serve para colocar uma dúvida na cabeça do técnico Cesare Prandelli, o responsável por transformá-lo em italiano.
- Eu nasci no Brasil, jogo com uma grande seleção, é um privilégio para mim jogar pela Itália – afirmou o marcador no mês passado.
O caminho de Thiago Motta até a Copa passou bem longe do futebol brasileiro. No início, bem que tentou, mas acabou levando rapidamente para o exterior. Chegou a fazer parte das categorias de base do Palmeiras, clube do coração dele e da família de imigrantes italianos. No entanto, as longas distâncias até os treinamentos fizeram o garoto trocar o amor pelo Verdão pela comodidade de jogar perto de casa, no Juventus.
No Moleque Travesso, tradicional clube da capital paulista, o meio-campista ganhou destaque, chegou às categorias de base da seleção brasileira e chamou a atenção de equipes internacionais. Depois de despontar no Torneio de Toulon, na França, acabou negociado com ninguém menos que o Barcelona. Estreou nos profissionais em 2001, ganhando duas vezes o Campeonato Espanhol e uma vez a Liga dos Campeões.
Após passar por Atlético de Madrid e Genoa, Thiago virou italiano definitivamente no Inter de Milão. Uma das melhores fases da história do clube teve o brasileiro como meio-campista. Os títulos acumularam na prateleira, e a primeira chance na Azzurra veio em 2011 para um amistoso contra a Alemanha.
A convocação, pedida pelo técnico Cesare Prandelli, foi cercada de polêmica, já que o volante havia atuado pelo Brasil na Copa Ouro de 2003. Somente uma autorização da Fifa o colocou em condições de atuar na partida. O primeiro gol saiu logo no jogo seguinte, diante da Eslovênia, em Milão.
- Eu me sinto italiano e estou feliz aqui – disse o jogador à época.A decisão causou problemas também no Brasil. O técnico Mano Menezes, na ocasião dirigindo a Seleção, criticou a escolha do jogador por ainda estar pensando em chamá-lo para defender o Brasil.
No Moleque Travesso, tradicional clube da capital paulista, o meio-campista ganhou destaque, chegou às categorias de base da seleção brasileira e chamou a atenção de equipes internacionais. Depois de despontar no Torneio de Toulon, na França, acabou negociado com ninguém menos que o Barcelona. Estreou nos profissionais em 2001, ganhando duas vezes o Campeonato Espanhol e uma vez a Liga dos Campeões.
Após passar por Atlético de Madrid e Genoa, Thiago virou italiano definitivamente no Inter de Milão. Uma das melhores fases da história do clube teve o brasileiro como meio-campista. Os títulos acumularam na prateleira, e a primeira chance na Azzurra veio em 2011 para um amistoso contra a Alemanha.
A convocação, pedida pelo técnico Cesare Prandelli, foi cercada de polêmica, já que o volante havia atuado pelo Brasil na Copa Ouro de 2003. Somente uma autorização da Fifa o colocou em condições de atuar na partida. O primeiro gol saiu logo no jogo seguinte, diante da Eslovênia, em Milão.
- Eu me sinto italiano e estou feliz aqui – disse o jogador à época.A decisão causou problemas também no Brasil. O técnico Mano Menezes, na ocasião dirigindo a Seleção, criticou a escolha do jogador por ainda estar pensando em chamá-lo para defender o Brasil.
- Se ele encontrou motivos para se naturalizar italiano, boa sorte. Que seja feliz – resmungou.
Prandelli, aliás, é o grande defensor do volante na Nazionale, principalmente pelo poder de marcação e por ser menos explosivo que De Rossi. O atual titular acumula problemas de comportamento, chegando até a ficar fora de convocações como punição por lances violentos. Por isso, o brasileiro pode ser o ponto de equilíbrio que o comandante procura às vésperas da Copa.
Assim que a bola rolar em Manaus, Thiago Motta vai se transformar no quarto brasileiro a disputar uma Copa do Mundo pela Itália. Antes dele, vestiram a camisa azul em Mundiais Anfilogino "Filó" Guarisi (1934), Ângelo Sormani (1962) e José João "Mazzola" Altafini (1962).
Enquanto o Brasil pensa em Neymar para chegar ao hexa, uma parte da Mooca vai sonhar com o penta da Azzurra. Por Carlos Augusto Ferrari
Assim que a bola rolar em Manaus, Thiago Motta vai se transformar no quarto brasileiro a disputar uma Copa do Mundo pela Itália. Antes dele, vestiram a camisa azul em Mundiais Anfilogino "Filó" Guarisi (1934), Ângelo Sormani (1962) e José João "Mazzola" Altafini (1962).
Enquanto o Brasil pensa em Neymar para chegar ao hexa, uma parte da Mooca vai sonhar com o penta da Azzurra. Por Carlos Augusto Ferrari
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