Com ele, o Juventus não caía nunca!
Com algumas queixas pessoais e comemorações coletivas no currículo, Zé da Farmácia é lembrado até hoje como um dos maiores presidente do Juventus, clube que possui um parque aquático invejável.
Uma dúvida não há: se Zé da Farmácia estivesse vivo, o Juventus não teria caído para a terceira divisão do Paulista, como ocorreu em 2009, pela primeira vez desde a fundação, em 1924, sob a administração de Armando Raucci e depois caiu outra vêzes também.
Por Sérgio Quintella, juventino sofredor e editor do Portal Terceiro Tempo.
Comentários
Com todo respeito.
E por favor não me censure dessa vez, como fez aparentemente em outras em que fiz comentários similares por aqui - isso seria uma atitude ridícula.
Espero uma resposta coerente sua dessa vez, e não a censura.
Sinceramente, não sei porque você endeusa tanto o Zé da Farmácia.
Por mais que as gestões atuais sejam incompetentes, é injusto comparar a situação e disponibilidade financeira do clube agora, com as décadas de 70 e 80.
Falando apenas do futebol, sob sua longa gestão, o Juventus não venceu nenhum título realmente importante (a Taça de Prata foi muito pouco para um clube que tinha aquele potencial). Não chegou sequer numa única final de campeonato paulista - e caiu sim, em 1991(?), se não estou enganado. Como juventino, também nunca me orgulhei do rótulo de time pequeno e simpático apadrinhado pela federação.
Lógico que a situação antigamente era diferente:
1- O Juventus era o maior parque associativo da América Latina e tinha, à sua disposição, um caixa nada desprezível
2- Existia a "Lei do Passe", que possibilitava aos times pequenos "segurar" bons jogadores.
De fato, os tempos eram outros, conjunturalmente falando. Com o adventos dos chamados "condomínios-clube" e das grandes academias, todos os grandes clubes da capital se tornaram "elefantes brancos". O presidente Ferreira Pinto e os conselheiros da época sempre privilegiaram a parte social. Nunca o futebol. Todos que viveram a época sabem disso. Com a decadência dos grandes parques associativos por toda São Paulo, não apenas na Mooca, o Juventus também decaiu.
O preço pelos erros do Zé da Farmácia, aliás, o CA Juventus paga até hoje: pouquíssimos títulos no futebol profissional, e nenhum realmente importante. Consequentemente, nossa torcida, embora fanática, é inexpressiva numericamente falando.
Vamos focar no presente, pensando no futuro. Sem saudosismo. Pois, nesse caso, não há passado para nos espelhar - a não ser no romantismo que evoca a paixão pelo clube, e está acima de qualquer presidente ou conselheiro.
ficou muito boa a nova parte visual porque os textos daqui jorram sangue
Fábio, obrigado por confirmar tudo o que eu coloquei acima com apenas essas duas frases.
Não tenho nada a ver com a diretoria ou com a política do clube, e nem tenho porque defender esse bando de picaretas, mas o fato do presente ser um desastre, não quer dizer que o passado era bom. Até agora estou esperando argumentos sólidos nesse tópico, mas não vi nenhum.
Acho importante seu trabalho aqui nesse blog (e muito melhor que o blog do Guizão, diga-se de passagem, pois você tem ciência que não vai ser discutindo apenas o técnico e a escalação que o Juventus vai sair desse buraco que se enfiou). Apenas estou pedindo para você parar com esse saudosismo vazio em torno do nosso antigo presidente lusitano.
Vou me orgulhar o dia que o Juventus brigar para ser campeão da PRIMEIRA divisão. Não para ser um eterno coadjuvante (como era mesmo na época do Zé da Farmácia). Que se espelhe no Ituano (que foi campeão paulista agora com um orçamento relativamente modesto - isso chama-se competência).
Na época do Zé da Farmácia o Juventus tinha dinheiro saindo pelos ralos e nunca montou nenhum time para garantir um mísero paulista para a Mooca. Por que devemos agora ficar o homenageando? Por que em terra de cego quem tem um olho é rei?
Pedro Rocha/SP